O ensaio apresenta uma perspectiva de processo de afastamento, desistência e naufrágio pessoal. Um mergulho no estado letárgico e de desânimo, de quem se afoga no raso. O esvanecimento da existência, a mão amiga que não alcança. Reerguer-se, ressurgir é o processo de uma busca sem fim.
O ensaio foi criado tendo como inspiração o poema ASSOREAR, de Ulisses Abílio. 

Tens minha mão
Aberta, minha mão
A espera, da tua mão
Para se afirmar
Tens seu espaço
Tens sua fortuna
Tens ambos os lados
Para se confirmar
Mas cuidas do teu começar
Pensas no teu limiar
Não te permitas doce
Te tornares mar
Em sal
Em sol
Remar 
Mas algumas defesas
Acabam por nos limitar
Algumas defesas
Acabam por nos matar
Criam uma barreira
Um muro para te cobrir
A superfície inteira
E o sol impedir 
De te tocar
Não deveria 
Como uma prece soar
Mas não te deixes
Assorear
Dos cerrados 
De longe
Vai trazer
Para esse solo
Tão firme
Amolecer
Se você chorar
Confie
Se você precisar
Confie


TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 


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